Como em todas as segundas de aeroporto, acordei as 4:30 da manhã e chamei o (mano Edmilson) taxista que eu tinha arrumado e feito um acordo de preço interessante na época.
Edmilson tinha um carro interessante, todo “tunadinho” com DVD, som de última geração, rodas esportivas e todos os apetrechos de um bom playboy.
Bom naquela manhã algo estava diferente em meus planos matutinos de viagem, havia uma miserável dor de dente, que me matava e me estontiava desde a extração de um ciso no sábado anterior. No sábado sentado na cadeira do dentista para fazer esta extração rotineira, para quem necessita de acertos e correções ortodônticas, estava mais que relatado que “isso vai dar merda!”. A ortodontista tentou arranca-lo pela direita, pela esquerda, com maquina de apoio, sem apoio, por cima da cadeira e nada, só faltou amarrar na porta e bate-la ou mais pedir apoio de uma retro-escavadeira. Nesse momento eu já pensava seriamente na alterna da “Retro”, foi quando ela saiu da sala e voltou com um japonês, estilo lutador de sumô, que fazia tratamentos de canais na sala ao lado. É.... Nesta hora eu já estava com a certeza “isso iria dar merda”. Traumatismos à parte era segunda-feira de madrugada e eu estava com a mesma dor de quando a anestesia passou no sábado.
5:00 da manhã encosta mano Edmilson e lá vamos nós para Congonhas onde pegaria meu vôo para Porto alegre as 6:30, logo de cara fui pedindo... – Bom dia meu velho, coloca aí o DVD do Sabbath e vamos na mesma pressa de sempre...
Edmilson era uma pessoa calma, mas muito calma, creio que muito mais calma que eu. Parou com um olhar astuto e me perguntou. –Tomou um murro na cara?
Sim eu estava inchado, mas muito inchado! Expliquei em metade do caminho o que havia acontecido e quase não deu para escutar o Sabbath...
Chegando no aeroporto me prevaleci de meu cartão vermelho mais uma vez e rapidamente estava embarcado. Incrível não houveram atrasos e exatamente as 6:40 eu já estava dormindo encostado na janela do acento A22.
Depois de pegar a mala, alugar o carro, correr pela BR sentido norte e chegar em Sapucaia do Sul, acabei descobrindo que a reunião das 10:00 não mais seria lá e sim em Porto Alegre as 13:00, ótimo! Minha dor de dente havia piorado com a pressurização e despressurização do vôo e minha face latejava como se meu coração ali estivesse...
Saí do cliente e parei em São Leopoldo para procurar uma farmácia e comprar uns analgésicos, porque se ali no meio do dia doía daquele modo, lá para o final da tarde eu estaria morrendo.
Voltando pela BR, pensava no seguinte: “É 10:30 a reunião é 13:00h, posso passar no hotel fazer ceck-in e dormir duas horinhas antes de ir para a reunião, assim passa essa bosta de dor horrenda e eu resolvo tudo com o cliente”. Ledo engano, um acidente acabara de acontecer na BR nas proximidades de Canoas, percalços que me consumiriam as duas horas que eu tinha de lambuja!
Cheguei no cliente atrasado uns 15 minutos, (perfeito!) entrei na sala e todos eram velhos conhecidos, menos o CIO que estava sentado na cabeceira da mesa. Com a maior cara de consultor (que sempre tem alguma razão) coloquei a mala do note na mesa, cumprimentei a todos com um sonoro – Boa tarde senhores, desculpem o atraso mas, como estive no outro escritório pela manhã, peguei um “baita” acidente em Canoas.
Sem nenhuma interrupção pus-me a perguntar como estava o status do projeto e como as coisas haviam progredido... Foi uma ótima reunião que durou o resto da tarde e eu, morrendo de dor na “cara” inteira.
Fui para o hotel, liguei para um amigo dentista e contei a história... Ao final da história ele me disse em um tom irônico – Iiihhh! Se fodeu! É Alveolite e dói muito mesmo, vá até o dentista mais próximo para fazer uma assepsia nos pontos e continue com os analgésicos. “Alveo… O quê?”
Fui ao dentista na manhã seguinte, fiquei o resto da semana tomando suco e a dor não diminuiu nem a base de analgésicos. . Regime forçado, se bem que eu precisava mesmo… (rsrsrs) Mas o pior de tudo foi não poder tomar vinho por nenhum desses dias.
O projeto estava em total inflamação, tal qual minha cabeça, que continuará a pulsar como se o coração batesse ali, minha febre só aumentava e mal conseguia mexer o maxilar.
Semaninha para esquecer… Voltei na sexta-feira e fui direto ao dentista “mother fucker” lutador de sumô e ele então verificou a merda que fez e me receitou outro remédio por mais 15 dias para minimizar os efeitos da inflamação.
Na saída do consultório, a recepcionista me indagou sobre a próxima agenda para a extração do outro ciso… Eu olhei bem, para ela e disse! – Sim, claro! Marque no mínimo 4 horários pois, você percebeu quanto demorou a ultima consulta. Não?
Ela prontamente marcou das 9:00 às 12:00 para o próximo sábado…
Não voltei mais, e deixei o dentista com uma manhã de folga no sábado. Ops! Ele era PJ… “Dó”!
Sigo o curso, dessa vida com um dente a menos.
Consultor é Soda…
2 comentários:
Por isso ainda não tirei nenhum dos meus. Mas achamos um dentista decente aqui em Santos!!!
Saiu post novo... Abrass!!!
Hello!!
Dentista vagabundo é foda, hein!
To aki cm uma p... d uma dor d dente!Será q foi o msmo dentista q vc foi? =/
To na net tentando m dstrair da dor!ki é issoooo!!! Aii..não amanhecee!! =s
:(((
bjinhus doloridos e adorei seu texto.
;* ai ai q dor!:(
ps: stu seguindo teu blog!
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